28 de novembro de 2012

A entrevista

Não vi a entrevista feita ao Primeiro Ministro na TVI integralmente. Para ser sincero, apenas vi uns breves segundos na interrupção do zaping à procura de qualquer coisa interessante, que não era o caso. Contudo houve uma coisa que me ficou na memória, o penteado da jornalista Judite de Sousa. Chiça!!!

27 de novembro de 2012

Unanimidades

Por hábito desconfio de unanimidades. As unanimidades fazem-me pressupor que alguma coisa não é exactamente como devia ser, ou seja, alguém não exerceu a manifestação da sua opinião como a sentia, independentemente do motivo, geralmente por falta de coragem. 
Surge este desabafo na sequência de mais uma votação na Assembleia da República, curiosamente hoje sobre o polémico orçamento de estado para o próximo ano. Com um orçamento de estado tão discutível e de praticabilidade e eficácia tão duvidosa, tenho sérias dúvidas, para não dizer completa certeza, de que nem todos os deputados da coligação PSD/CDS concordam com a sua aprovação. Exceptuado Rui Barreto do CDS, todos votaram favoravelmente.
A disciplina partidária no sentido de voto foi mais forte que a manifestação da sua opinião e defesa dos interesses do país e de quem votou neles para a sua representação nas decisões sobre o seu destino.
Todos os deputados, exceptuando Rui Barreto, põem os interesses partidários à frente dos interesses dos estrangulados cidadãos ou então subestimam o estrangulamento. Todas as outras bancadas padecem do mesmo mal, se não foi nesta votação será noutra qualquer desde que as pressões do partido a tal obriguem.
Hoje, senti que apenas um homem me representou, seja por que motivo for, mesmo que tenha cedido a outra qualquer conveniência sua. Teve coragem para ir contra os jogos de interesses que prejudicam o país em benefício de organizações que roçam a mafiosisse.
Nesta democracia obviamente que não acredito. 

23 de novembro de 2012

Revelação natalícia


Há perto de 30 anos o mundo quase desabou, pelo menos, o meu mundo. Eu já desconfiava que as coisas não eram assim tão simples como me diziam e que a dúvida que me causava uma das práticas natalícias não era por acaso. A certa altura os meus pais confirmaram que de facto o Pai Natal não existia e que eu tinha razão, com aquela barriga imponente era impossível ele passar na nossa chaminé. Senti-me como se tivesse levado um murro no estômago.
Com o tempo percebi que isso afinal não era assim tão mau, pois não iria precisar de escrever cartas para pedir presentes, tinha direito a argumentar e a defender os meus motivos para merecer o tal carrinho ou o tal jogo e não precisava de esperar pela meia-noite para abrir os embrulhos que me estavam reservados. Mais, deixou de haver a possibilidade de encontrar um velhinho entalado ou a esgatanhar chaminé acima (tudo isto mantendo a fatiota vermelha imaculada) antes de continuar a sua distribuição de presentes pelos outros meninos que também tinham chaminés em casa, sim porque na minha opinião, os que não possuíam lareira não tinham forma de ser recompensados pelo bom comportamento ao longo do ano.
Não cheguei a ficar com nenhum trauma, cresci e transformei-me num adulto minimamente normal (seja lá isso o que for), mas ontem voltei a levar novo murro no estômago. Pensava eu que o nascimento de Jesus (O Cristo, não o Jorge) era uma situação perfeitamente esclarecida, senão quando num noticiário da hora de almoço, volto a sentir o mundo fugir-me debaixo dos pés ao tomar conhecimento que o Papa Bento XVI revelou no seu último livro que as duas figuras menos contestadas do Presépio, afinal não faziam parte dele. Pois é, o burro e a vaca não estavam junto à manjedoura onde o menino foi deitado e não terá sido o seu bafo a mantê-lo quente.
Não percebo o motivo de só agora, mais de 2000 anos depois, estes dois bichos serem expulsos do presépio, onde em muitas das recriações do momento, à venda em qualquer loja, aparecem com ar simpático e sorridente. Quem nunca viu um burro e uma vaca de loiça de dentuça à mostra junto ao menino Jesus?
Não vejo sequer que risco poderá trazer para a fé católica a presença daqueles dois inocentes animais, e qual a necessidade que o Papa terá em preocupar-se com estas questões laterais quando o mundo e a própria fé andam tão abalados. Enfim, ele lá terá as suas prioridades!
Fico também a aguardar a reacção das associações de defesa dos animais e os resultados dos possíveis inquéritos, com o intuito de aferir a real veracidade da revelação e se houve ou não o recurso à violência física e/ou psicológica.
Deixo também aqui um último pedido, por favor não acabem é com o bolo-rei!

21 de novembro de 2012

Nacionalidades


Li ontem numa notícia que segundo o Eurostat, 5000 emigrantes portugueses abdicaram de o serem e pediram nacionalidade do país de acolhimento. Se para os países que lhes concederam outro bilhete de identidade não há problemas nisso, para mim também não.
Quanto à atitude, eu, Joel Mota, enquanto mantiver a minha sanidade mental, nunca o farei. Mesmo que um dia as circunstâncias me levem a viver noutro país, jamais e em tempo algum eu abdicarei de ser português. Por mais insatisfeito que me sinta com o rumo do país, por mais que nos afundemos, por mais difícil que seja viver cá, nunca o meu orgulho em ser português será afectado e nunca eu renegarei a minha pátria.
Bem diferente é ter vergonha que algumas pessoas tenham a minha nacionalidade. Lamento profundamente, por exemplo, que José Sócrates, Passos Coelho, Victor Gaspar, Durão Barroso ou António Guterres sejam portugueses. Estaria muito mais satisfeito se estes bandalhos tivessem nascido para lá da fronteira. Tal como me faria feliz que alguns dos chicos-espertos que por cá andam fossem espanhóis ou de outra nacionalidade qualquer que não a minha.  
Como não posso fazer nada quanto a este problema, mantenho-me orgulhoso por ser português como D. Afonso Henriques, D. Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama, Aristides de Sousa Mendes, Fernando Pessoa, Camões ou tantos outros célebres ou anónimos que fizeram de Portugal o enorme país que é, quanto mais não seja pelo seu passado, pela riqueza cultural e humana.

19 de novembro de 2012

Regresso ao activo


Hoje fiz uma coisa que já não fazia há quase 15 dias, levantei-me e fui trabalhar. Esta ausência tem a ver com a baixa médica e foi para além de incómoda pelos motivos óbvios, muito aborrecida por me trazer um sentimento de inutilidade.
Estar em casa, com a sensação de não estar a fazer algo de útil é frustrante. Se me consigo entreter a fazer qualquer coisa para passar o tempo, consigo, mas não me dá aquele sentimento de valorização que me dá ir trabalhar. Estar de baixa ou desempregado, que felizmente não é o caso mas que já experimentei, provoca-me um sentimento completamente diferente de estar em casa de férias. É quase uma sensação de viver á custa de terceiros, mesmo que tenha legitimidade para estar de baixa e tenha os impostos em dia.
Senti também aquela falta da rotina de trabalho, de ver colegas, amigos e de a mente activa. Estar em casa é bom mas noutro contexto.
Amanhã volto a repetir o processo!

12 de novembro de 2012

Ausente

Nos últimos tempos tenho andado ausente, como já deve ter dado para notar. A minha febre estendeu-se por mais de três semanas, obrigou-me a ir ao hospital três vezes e à terceira fiquei internado para descobrirem o que se passava. 
Ao terceiro dia, o médico comunicou-me a alta e o diagnóstico foi mononucleose. Os sintomas que esta virose me provocou foram uma ligeira dor de garganta, dores de cabeça, febre e cansaço extremo. Quanto ao tratamento que me foi prescrito, é feito à base de um medicamento extremamente raro e complexo, que é necessário mandar vir da Tailândia e que custam um balúrdio. Mentira, é apenas e só Ben-u-ron! Sim, andei três semanas com febre, com a sensação de ter sido atropelado por um cilindro e o tratamento é um mero paracetamol, aliás os dois antibióticos que andei a tomar em simultâneo, nestes casos prejudicam mais do que ajudam!
Agora, tenho uma semana de baixa para tentar recuperar as forças.